A Petrobras anunciou o início da fase vinculante para a cessão de sua participação minoritária de 25% nos direitos de exploração, desenvolvimento e produção de óleo e gás natural no Campo de Tartaruga. Localizado em águas rasas do município de Pirambu, na Bacia de Sergipe-Alagoas, o campo é operado pela SPE Tiêta (PetroReconcavo).
Em comunicado, a estatal informou que os potenciais compradores habilitados nesta etapa receberão uma carta-convite com instruções sobre o processo, incluindo a realização de due diligence e envio de propostas vinculantes. Nos primeiros nove meses de 2024, a Petrobras teve uma produção média de 41 barris por dia (bpd) de óleo e 723 metros cúbicos diários de gás associado no campo.
A decisão de desinvestir no Campo de Tartaruga foi tomada devido ao baixo impacto da produção total, que representa menos de 1% da produção estadual de Sergipe, além de ser um ativo não operado e sem sinergia com o portfólio estratégico da empresa.
Investimentos em águas profundas
Apesar do desinvestimento no Campo de Tartaruga, a Petrobras mantém sua aposta no potencial de Sergipe. O Plano de Negócios 2025-2029 prevê investimentos robustos na região, incluindo a contratação de dois FPSOs para a área de Águas Profundas de Sergipe (SEAP). Cada unidade terá capacidade de produzir até 120 mil barris de petróleo por dia. Além disso, está prevista a construção de um gasoduto com capacidade de transporte de 18 milhões de metros cúbicos de gás por dia, reforçando o papel estratégico do estado no portfólio da empresa.