Dados da Rede Trans Brasil revelam que, no Brasil, mais de 9 mil estudantes trans estão matriculados em escolas públicas estaduais. Sergipe apresenta o menor número de registros, com 58 matrículas de estudantes utilizando o nome social em 14 estados e no Distrito Federal.
Os números integram o dossiê Registro Nacional de Mortes de Pessoas Trans no Brasil em 2024: da Expectativa de Morte a um Olhar para a Presença Viva de Estudantes Trans na Educação Básica Brasileira, que será lançado no dia 29 nas redes sociais da organização. As informações foram obtidas por meio do Portal da Transparência. O nome social é o que travestis ou transexuais preferem ser chamados, um direito garantido pela portaria 33/2018 do Ministério da Educação, que autoriza o uso nos registros escolares para alunos maiores de 18 anos.
Em 2023, São Paulo liderava com 3.451 matrículas de estudantes trans, seguido por Paraná (1.137) e Rio Grande do Norte (839). Outros estados com destaque foram Rio de Janeiro (780), Santa Catarina (557), Espírito Santo (490), Distrito Federal (441), Pará (285), Mato Grosso do Sul (221), Goiás (196), Alagoas (165), Mato Grosso (159), Rondônia (157), Amazonas (67) e Sergipe (58).
O levantamento aponta que entre 2023 e 2024, as matrículas com nome social cresceram em Santa Catarina, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Distrito Federal, São Paulo e Espírito Santo. Em Sergipe, o número permaneceu estável, enquanto nos outros oito estados houve queda no número de registros.