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Sergipe

Economista sergipano analisa recuo no monitoramento do PIX

Publicada em 17/01/25 às 07:49h - 28 visualizações

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Economista sergipano analisa recuo no monitoramento do PIX
 (Foto: Rede social )
O economista Márcio Rocha destacou que a medida era necessária, mas criticou falhas na comunicação do governo, que alimentaram a desinformação e geraram desgaste político.

Na última quarta-feira (15), o governo federal revogou a ampliação do monitoramento de transações financeiras, que incluía o PIX. A decisão foi tomada após forte pressão popular e a disseminação de informações distorcidas nas redes sociais. Em análise para o F5 News, o economista sergipano Márcio Rocha avaliou os impactos da medida e apontou os desafios econômicos e sociais dessa decisão.

Segundo Rocha, o recuo não impacta diretamente a arrecadação fiscal, já que o PIX não seria taxado. Ele afirmou que a intenção da medida era fortalecer a fiscalização de movimentações financeiras, sobretudo no combate à sonegação e fraudes. “O recuo do governo não muda absolutamente nada na arrecadação. O objetivo era monitorar fraudes e sonegações, e não prejudicar pequenos comerciantes ou usuários comuns”, explicou.

Monitoramento como estratégia necessária

O economista ressaltou que os limites de R$ 2 mil para pessoas físicas e R$ 6 mil para jurídicas, estabelecidos anteriormente, já eram suficientes para identificar movimentações suspeitas. O aumento para R$ 5 mil seria uma atualização natural para alinhar o PIX a outros meios de pagamento.

Apesar disso, Rocha alertou que a redução dos limites, como consequência do recuo, pode enfraquecer as medidas de controle. “O PIX cresceu exponencialmente e se tornou essencial no sistema financeiro. Monitorar transações dessa natureza é fundamental para combater fraudes e lavagem de dinheiro”, afirmou.

Comunicação falha e desgaste político

Para Rocha, o principal problema foi a estratégia de comunicação adotada pelo governo, que abriu espaço para a disseminação de fake news. “Desde o início dessa gestão, a comunicação tem sido um ponto fraco. Falta clareza e acessibilidade na explicação de medidas importantes, o que gera desinformação e confusão na população”, criticou.

Ele também apontou que a decisão de recuar diante da pressão popular gerou um desgaste desnecessário para a imagem institucional do governo. “Isso reflete a fragilidade da comunicação estratégica e pode comprometer a credibilidade de futuras iniciativas”, analisou.

Investimentos e soluções propostas

O economista defendeu que o governo invista em tecnologias de análise de dados e inteligência artificial, além de promover campanhas educativas claras e acessíveis. “É possível manter a gratuidade do PIX e garantir o controle fiscal com transparência e inovação. A confusão gerada foi mais um reflexo de falhas estruturais de comunicação do que da proposta em si”, disse.

Rocha finalizou reforçando a importância de educar a população para evitar que desinformações se espalhem. “Temos uma sociedade que se informa apenas por títulos e mensagens de WhatsApp. É necessário combater isso com mais educação e campanhas consistentes”, concluiu.

Especialistas como Márcio Rocha acreditam que o monitoramento do PIX é essencial, desde que seja implementado com responsabilidade, planejamento e uma comunicação clara com a sociedade.



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