De acordo com Daniel Allievi, veterinário e técnico ambiental da Adema, a situação está diretamente ligada à geografia local e ao impacto das chuvas sobre os habitats naturais. “Aracaju é interligada por cursos hídricos e manguezais, ambientes naturais para muitas espécies da fauna local. As enchentes acabam inundando abrigos e ninhos, forçando animais como cobras e jacarés a procurar novos locais para se protegerem e regularem sua temperatura corporal”, explicou.

Embora esses animais não representem uma ameaça direta, eles podem reagir de forma defensiva caso se sintam ameaçados. “São animais não domesticados, com hábitos próprios e instinto de autopreservação. Tentar manipulá-los pode gerar reações que resultem em ferimentos ou até na transmissão de doenças entre humanos e animais”, alertou o veterinário.

Allievi reforçou que a atitude mais segura é manter distância e acionar as autoridades competentes. Ele ainda orientou que os moradores não tentem alimentar ou capturar os animais, mesmo que estejam aparentemente feridos, e afastem crianças e animais domésticos do local.

A Adema realiza o resgate de animais silvestres com equipes especializadas, garantindo o bem-estar do animal e a segurança da população. O contato pode ser feito pelo WhatsApp (79) 9 9983-7148 ou pelo telefone fixo (79) 3198-7152, de segunda a sexta-feira, das 8h às 13h. Para emergências fora do horário de atendimento, a Companhia Independente de Polícia Ambiental pode ser acionada pelo número 190.

A presença de animais silvestres em áreas urbanas é um lembrete da relação intrínseca entre a cidade e seu ecossistema. Garantir a segurança desses animais não apenas preserva a fauna local, mas também evita situações de risco para a população. A Adema segue atuando de forma preventiva e emergencial, destacando a importância de um convívio respeitoso e seguro com a natureza, especialmente em períodos de chuvas intensas.