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Sergipe

Advogado criminalista foi morto em emboscada idealizada pela esposa ao sair para comprar um açaí, aponta investigação da Polícia Civil

Vítima desconfiava de uma relação da esposa com pessoas próximas; Há indícios também de conflito financeiro em torno da possibilidade de um divórcio

Publicada em 13/11/24 às 11:09h - 28 visualizações

SSP/SE


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Advogado criminalista foi morto em emboscada idealizada pela esposa ao sair para comprar um açaí, aponta investigação da Polícia Civil
Ainda há dois investigados foragidos, e as buscas seguem em andamento junto à investigação conduzida pelo DHPP com o auxílio do Cope e da Dipol.  (Foto: Reprodução/SSP)
Em entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira (13), a Polícia Civil detalhou que a investigação do DHPP apontou que o advogado criminalista José Leal de Souza Rodrigues Junior foi morto em uma ação planejada pela esposa e por uma amiga dela. A motivação seria desconfianças sobre uma relação da esposa com pessoas próximas a ela, além de supostas questões relacionadas a valores financeiros em torno de um possível divórcio. A vítima foi morta após sair para comprar um açaí, pedido feito pela própria esposa, no dia 18 de outubro. Na última terça-feira, 12, uma operação cumpriu cinco mandados de prisão, inclusive a decisão judicial contra a própria esposa da vítima. A investigação é conduzida pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com o apoio do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) e da Divisão de Inteligência (Dipol).  

Conforme a delegada Juliana Alcoforado, diretora do DHPP, a investigação apontou que tanto a vítima tinha ciúmes de uma relação entre a esposa e pessoas próximas a ela, quanto essas pessoas tinham ciúme da vítima. “A vítima tinha fortes suspeitas, e externava para terceiros, de que a esposa estaria tendo essa relação com pessoas próximas. Pela desconfiança, ele tentou flagrá-la e houve uma discussão um dia antes do crime, no período da noite”, revelou a delegada.

Além da questão da relação da esposa com pessoas próximas, as investigações conduzidas pelo DHPP também indicaram a existência de indícios de que o crime também tenha ocorrido em torno da questão financeira sobre um suposto dívorcio, conforme acrescentou o diretor do Cope, Dernival Eloi. “Segundo o apurado com os interrogatórios no DHPP, havia a questão da discussão pelo divórcio”, ressaltou. 

Durante a investigação, imagens de câmeras de segurança evidenciaram que alguém com conhecimento da rotina da vítima colaborou para a prática do crime, assim como detalhou Juliana Alcoforado. “Os veículos envolvidos na ação já estavam circulando pelas imediações e somente pararam junto ao portão do prédio no exato instante em que o advogado entrava no elevador quando ia adquirir um produto solicitado pela própria esposa”, relatou.

Diante da célere elucidação do crime, a irmã da vítima Rosane Rodrigues, agradeceu o comprometimento da Polícia Civil com a responsabilização criminal dos investigados como idealizadores e autores do homicídio de José Leal de Souza Rodrigues Junior. “Ele era uma pessoa maravilhosa e sequer passava pela cabeça dele que isso poderia acontecer e de dentro da própria casa, de morrer em uma emboscada no colo do filho. A Justiça precisa ser feita, e eu só tenho gratidão à Polícia de Sergipe”, agradeceu.

Outras linhas de investigação

Em razão da atuação profissional da vítima, o secretário da segurança, João Eloy, e o delegado-geral, Thiago Leandro, determinaram uma apuração que envolvesse o mapeamento de uma suposta investida criminosa cometida em represália pelo crime organizado, conforme explicou o diretor do Cope, Dernival Eloy. “Conseguimos elucidar que não se tratava de uma ação do crime organizado”, enfatizou. 

Ainda há dois investigados foragidos, e as buscas seguem em andamento junto à investigação conduzida pelo DHPP com o auxílio do Cope e da Dipol. Dos foragidos, um já está identificado e teve a imagem divulgada. A Polícia Civil solicita que informações e denúncias que possam contribuir com a localização e prisão dos dois foragidos sejam repassadas à polícia por meio do Disque-Denúncia (181). O sigilo é garantido.



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