Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que atualmente cerca de 16,39 milhões de pessoas vivem em favelas e comunidades urbanas no Brasil, representando 8,1% da população total de 203 milhões. O Censo 2024 mostra que, para cada 100 pessoas, oito residem nesses locais. Entre essas regiões, o Sudeste concentra 43,4% dos moradores de favelas, com 7,1 milhões de pessoas; seguido pelo Nordeste, com 28,3% (4,6 milhões); o Norte, com 20% (3,3 milhões); o Sul, com 5,9% (968 mil); e o Centro-Oeste, com 2,4% (392 mil).
Em Sergipe, 40% dos municípios registraram a existência de domicílios improvisados, locais que não foram projetados para moradia, como estruturas comerciais degradadas, inacabadas, calçadas, viadutos, cavernas, e veículos. Além da Grande Aracaju, municípios como Carira, Cedro, Itabaiana, Estância, Japaratuba, Lagarto, Muribeca, Moita Bonita, e Pedra Mole também apresentam tais condições habitacionais. Contudo, apenas cinco municípios sergipanos — Carmópolis, Cristinápolis, Nossa Senhora do Socorro, Rosário do Catete e São Domingos — possuem plano municipal de habitação.
Segundo a Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic 2008), divulgada em setembro pelo IBGE, diversos pontos críticos requerem atenção. Em todos os municípios sergipanos foram observadas ocorrências ambientais impactantes nos últimos 24 meses, mas apenas 40% dispõem de recursos específicos para a área ambiental.
O IBGE também destaca que, nas 26 maiores concentrações urbanas do país, 41,2% da população vive em favelas, somando 82,6% do total de moradores em comunidades no Brasil.
Em Sergipe, o Censo Demográfico 2022 identificou 185 favelas e comunidades urbanas, abrigando 160.943 pessoas, ou 7% da população estadual. Aracaju lidera com o maior número de favelas e comunidades urbanas, concentrando 95 delas, onde residem 103.137 pessoas, equivalente a 17% da população da capital.