José Santana, pai de Ithalo, manifestou sua indignação em entrevista à TV Atalaia, classificando a ação como "covardia" e alegando que seu filho não apresentou resistência. “Você vê claramente, mesmo sem áudio, que ele não reagiu em nenhum momento. Ithalo apenas manteve a mão no bolso e segurava o capacete ao lado, sem fazer qualquer movimento agressivo. No instante em que foi atingido pelo projétil, ele deu um passo para frente, mas sem esboçar qualquer reação contra os policiais. Isso foi execução”, afirmou José, questionando a postura dos agentes.

José ainda reforçou que a verdade sobre a ação policial será revelada na análise das imagens por especialistas. “Meu filho não fez nada, não esboçou nenhuma reação. Um perito vai avaliar essas imagens e comprovar a covardia que fizeram com ele. A verdade sempre aparece, e o povo precisa enxergar o que realmente aconteceu.”

O pai de Ithalo também revelou que o jovem, recentemente, demonstrava sinais de ansiedade e enfrentava um quadro depressivo. Na manhã do mesmo dia em que foi morto, Ithalo teria visitado o pai, com quem compartilhou um momento de afeto e confidenciou um pressentimento sombrio. “Ele chegou lá em casa para tomar café, me abraçou, me beijou e disse que eu era o homem em quem ele mais confiava. Eu pedi que ele voltasse a morar comigo, e ele disse que sim. Mas não voltou. Antes de sair, deixou mensagens bíblicas para a família”, relatou emocionado.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de Sergipe (SSP) informou que o caso está sendo investigado, reforçando o compromisso com a transparência e lamentando a perda de toda e qualquer vida. A SSP garantiu que as apurações seguirão para esclarecer todos os detalhes da ocorrência.