Em julho deste ano, o Ministério da Saúde anunciou a substituição da vacina oral pela injetável contra poliomielite. A orientação foi de recolher a vacina oral no final do mês de setembro para iniciar o novo esquema em novembro. Desta forma, a Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), informa que o recolhimento da “gotinha” já foi realizado e, no dia 4 de novembro, iniciará a aplicação da vacina injetável.
De acordo com a coordenadora de Imunização da SMS, Larissa Ribeiro, desde o dia 28 de setembro até 3 de novembro, deve ser priorizado o esquema primário de vacinação para a proteção das crianças menores de 5 anos de idade contra a pólio, com a 1ª dose (2 meses de idade); 2ª dose (4 meses); 3ª dose (6 meses) com a vacina VIP, em todas as Unidades de Saúde da Família (USFs) da capital. “Ou seja, somente o reforço que será aplicado a partir do dia 4 de novembro, as demais doses continuam sendo aplicadas normalmente”, frisa.
O processo de mudança para o novo esquema vacinal da poliomielite substitui as duas doses de reforço com vacina oral poliomielite bivalente (VOPb), conhecida como gotinha, por uma dose de vacina inativada poliomielite (VIP), que é injetável.
“A partir do dia 4 de novembro, o esquema vacinal será com a 1ª dose [2 meses de idade]; 2ª dose [4 meses]; 3ª dose [6 meses] e uma dose de reforço aos 15 meses de idade, não sendo mais necessário a aplicação aos 4 anos de idade, já que o esquema vacinal com quatro doses vai garantir proteção contra a pólio, e essa é a principal mudança. A atualização considerou os critérios epidemiológicos e as evidências relacionadas à vacina”, frisa a coordenadora.
A poliomielite é uma doença grave caracterizada por um quadro de paralisia flácida causada pelo poliovírus selvagem (PVS) tipo 1, 2 ou 3, que em geral acomete os membros inferiores de forma assimétrica e irreversível. O último caso de infecção pelo poliovírus no Brasil ocorreu em 1989. No ano de 1994, o país recebeu a certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem, e está há 34 anos sem casos da doença.
“A vacinação é a única forma de prevenção contra a poliomielite, doença considerada grave, cujas principais sequelas são: problemas e dores nas articulações, crescimento diferente das pernas, osteoporose, paralisia de uma das pernas, paralisia dos músculos da fala e da deglutição, dificuldade de falar e atrofia muscular”, completa Larissa.
Ascom/SMS