A temperatura subiu de vez na política sergipana. Valmir de Francisquinho, prefeito de Itabaiana e nome com forte capital político no Agreste, está mexendo as peças com ousadia — e fazendo barulho nos bastidores. A aliança com o ex-senador Eduardo Amorim parece ter chegado ao fim. Discretamente, Valmir prepara sua saída do PL e, nos bastidores, articula um novo caminho que pode redesenhar o cenário para 2026.
No último fim de semana, o silêncio de Valmir falou mais alto que qualquer discurso: ele não acompanhou Amorim em uma caminhada política por Itabaiana. Para quem conhece a política local, foi o suficiente para acender o alerta. A leitura entre aliados e adversários é clara: o rompimento está selado.
Mas Valmir não está apenas saindo de um grupo — ele está entrando em outro com força total. Informações de bastidores apontam que o prefeito já bateu o martelo em dois nomes para o Senado: o ex-prefeito Adaílton Souza e o ex-deputado federal André Moura. A dobradinha, se confirmada, pode ser explosiva nas urnas.
Adaílton tem o respaldo direto de Valmir e representa a continuidade de um projeto político que vem sendo costurado com cuidado. Já André Moura, conhecido por sua expressiva votação no Agreste e sua habilidade de articulação, é visto como a peça que faltava para consolidar uma chapa senatorial de peso.
A movimentação surpreende, mas não choca. Valmir é conhecido por ser estrategista e não dá ponto sem nó. Ao escolher novos aliados e sinalizar sua saída do PL, ele não apenas vira a página — ele escreve um novo capítulo na política de Sergipe.
Os próximos meses prometem tensão, reações e mais reviravoltas. Mas uma coisa é certa: Valmir já fez seu movimento. E colocou o tabuleiro em chamas.