A prefeita de Aracaju, Emília Corrêa (PL), minimizou as críticas da oposição sobre decisões adotadas nos primeiros 100 dias de sua gestão. Durante entrevista à imprensa nesta sexta-feira (14), a gestora classificou as manifestações contrárias como "dor de cotovelo" de adversários políticos.
“Será que é contraditório já tratar da saúde na saída? Será que é contraditório já colocar ônibus que eles nunca colocaram? Eles é que estão incomodados. Isso deve realmente estar doendo muito no cotovelo de quem perdeu”, afirmou Emília.
Nas últimas semanas, opositores intensificaram publicações em redes sociais, resgatando vídeos e textos com posicionamentos anteriores da prefeita quando atuava como vereadora. Apesar disso, Emília reforçou que seguirá sua gestão sem se preocupar com as críticas. “Podem bater na Emília, não tem problema. Olha onde a Emília chegou pela força de Deus e do povo. Esses ruídos não vão nos atrapalhar, vamos continuar trabalhando”, disse.
Vetos geram polêmica na Câmara
Um dos principais embates recentes entre a prefeita e a oposição ocorreu na Câmara Municipal de Aracaju (CMA), que analisou três vetos do Executivo a projetos de lei.
Por maioria, os vereadores derrubaram o veto ao Projeto de Lei Complementar n.º 6/2024, do vereador Elber Batalha, que altera a forma de cobrança da Taxa de Vigilância Sanitária, determinando que a cobrança seja feita por estabelecimento e não individualmente para cada profissional que atua no local.
Entretanto, a Câmara manteve dois vetos da prefeita. O primeiro ao Projeto de Lei Complementar n.º 7/2024, também de Elber Batalha, que propunha alterar a base de cálculo do ISSQN. A gestão municipal justificou que a medida feria normas fiscais ao tentar vincular o imposto ao efetivo recebimento do serviço pelo prestador, e não ao valor do serviço prestado.
O segundo veto mantido foi ao Projeto de Lei n.º 142/2024, de Camilo Daniel, que condicionava a liberação de subsídios ao transporte público ao cumprimento de obrigações trabalhistas e de segurança da frota pelas concessionárias. Segundo a justificativa da Prefeitura, a proposta feria a Constituição ao invadir a competência privativa da União sobre normas de licitação e contratação.
Diante das críticas e polêmicas, a prefeita segue reforçando que sua administração está focada no trabalho e que não se desviará dos objetivos traçados para a gestão da capital sergipana.