Após quatro anos como prefeito de Propriá, Dr. Valberto encerra sua gestão com uma série de problemas que marcaram seu mandato. Ele assumiu o cargo com promessas de mudança e melhorias, mas deixará a prefeitura sem cumprir sequer compromissos básicos, como o repasse de valores descontados dos servidores às instituições financeiras. Além disso, a administração termina com um rombo de milhões nas contas do município.
Recentemente, o juiz Evilásio Correia de Araújo Filho, da 1ª Vara Cível e Criminal de Propriá, determinou a suspensão da utilização de recursos oriundos da concessão da Deso, medida considerada necessária para proteger quase R$ 12 milhões de um possível uso inadequado. A decisão foi motivada pelo cenário de dívidas acumuladas, que ultrapassam R$ 28 milhões, além de um déficit de R$ 11 milhões projetado para o próximo ano.
Os relatórios elaborados durante o período de transição para a nova gestão revelam graves problemas financeiros, como restos a pagar sem cobertura de recursos, dívidas elevadas com a Receita Federal e o descumprimento do limite prudencial fiscal, situação que impede o município de receber repasses federais. Esses fatores refletem uma gestão marcada por falta de planejamento e responsabilidade.
Nas eleições, a população de Propriá deixou claro seu descontentamento, rejeitando a continuidade do grupo político de Dr. Valberto. A tarefa de reorganizar as contas e reestruturar o município caberá agora ao prefeito eleito, Luciano.
Dr. Valberto encerra seu mandato deixando um legado de descontrole e endividamento, além de questionamentos sobre sua gestão, o que pode comprometer seriamente sua trajetória política.