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Política

PF Indicia Bolsonaro, Braga Netto, Heleno e Outros 34 por Tentativa de Golpe de Estado e Organização Criminosa

Relatório da PF aponta tentativa de golpe para manter Bolsonaro no poder e envolve aliados de alto escalão em organização criminosa

Publicada em 21/11/24 às 19:21h - 28 visualizações

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PF Indicia Bolsonaro, Braga Netto, Heleno e Outros 34 por Tentativa de Golpe de Estado e Organização Criminosa
Ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados são investigados por tentativa de golpe e crimes contra o Estado Democrático de Direito, segundo a PF.  (Foto: Reprodução)
A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), os generais Walter Braga Netto e Augusto Heleno, além de outras 34 pessoas, por suspeita de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder após a derrota nas eleições de 2022. O relatório final da investigação foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e apresenta acusações graves, incluindo crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

Os Principais Acusados

Entre os indiciados estão figuras centrais do governo Bolsonaro:

Jair Messias Bolsonaro: Ex-presidente, acusado de liderar a tentativa de desestabilizar a transição democrática.

Walter Braga Netto: General e candidato a vice-presidente em 2022, apontado como participante ativo na articulação do suposto golpe.

Augusto Heleno: Ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), investigado por seu papel na manutenção de estruturas paralelas de poder.

Valdemar Costa Neto: Presidente do PL, acusado de envolvimento na organização criminosa que teria fomentado os atos golpistas.


O relatório também cita outros militares, políticos e assessores próximos ao ex-presidente, como Mauro Cid, Paulo Figueiredo Filho e Tércio Arnaud Tomaz.

Próximos Passos

Agora, cabe à Procuradoria-Geral da República (PGR), liderada por Paulo Gonet, avaliar as provas e decidir se apresenta uma denúncia formal ao STF. Caso a denúncia seja aceita, os acusados se tornarão réus em um processo penal.

O indiciamento pela PF é um passo significativo, indicando que há indícios suficientes para sustentar as acusações, mas não implica culpa definitiva.

Defesa e Reações

Bolsonaro reagiu ao indiciamento com críticas severas ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, acusando-o de agir fora da lei. "O ministro conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos e faz pesca probatória. Vamos esperar a análise da PGR, onde começa a luta de verdade", declarou.

O senador Rogério Marinho (PL), líder da oposição no Senado, também se pronunciou, classificando o indiciamento como parte de uma "perseguição política". Ele pediu que a PGR atue com imparcialidade e baseie suas decisões em provas concretas.

Contexto e Repercussão

Os indiciamentos ocorrem em meio a um cenário de crescente tensão política no Brasil. A investigação da PF aponta que a tentativa de golpe envolveu ações coordenadas para desestabilizar o Estado Democrático de Direito, incluindo atos de vandalismo em Brasília em janeiro de 2023.

Especialistas apontam que o caso é um marco na história política brasileira, representando um esforço das instituições para preservar a democracia. Contudo, aliados de Bolsonaro alegam que o processo é motivado por interesses políticos e falta de evidências sólidas.

A decisão da PGR será crucial para determinar se as acusações avançarão no STF, potencialmente levando ao maior julgamento político da história recente do país.



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