A advogada Ana Lúcia, candidata à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil em Sergipe (OAB-SE) pela Chapa 3, participou nesta quinta-feira, 14, de uma entrevista no Jornal da Fan, destacando a necessidade de maior inclusão e equidade na gestão da instituição. Caso eleita, Ana Lúcia será a primeira mulher a presidir a entidade em seus 89 anos de história.
A candidata ressaltou os desafios enfrentados por mulheres na advocacia, mesmo em um cenário de avanços:
> “Nós mulheres precisamos ocupar esse espaço. O fato de sermos mulheres não nos torna menos capazes, mas a caminhada é dificultada pelos obstáculos impostos, como divisões internas e preconceitos. Nossa gestão será voltada para acolher, incluir e liderar com coragem e competência.”
Ana Lúcia também apontou a falta de uma defesa efetiva da paridade de gênero dentro da própria OAB, classificando as ações atuais como insuficientes:
> “A nossa instituição ainda não faz a defesa da paridade como deveria. É uma maquiagem, e é como eu digo, algo dentro da nossa Ordem está fora de ordem.”
Renovação e união
A candidata destacou ainda a importância de unir gerações dentro da advocacia, promovendo um equilíbrio entre a experiência e as demandas da advocacia contemporânea. Segundo ela, essa abordagem visa fortalecer a entidade e abrir portas para novas lideranças.
> “Nossa proposta é unir a advocacia jovem e a mais experiente, criando uma gestão inclusiva e que realmente atenda às necessidades de todos os profissionais. Precisamos lutar por uma OAB mais equitativa e representativa.”
Um marco histórico em disputa
Caso vença a eleição, Ana Lúcia quebrará um ciclo de quase nove décadas sem liderança feminina na presidência da OAB/SE. Sua candidatura é vista como um marco na luta por mais inclusão e representatividade de mulheres na advocacia sergipana.
As eleições da OAB/SE prometem ser marcadas pela busca por renovação e por um diálogo mais aberto com toda a classe. Ana Lúcia reforçou que sua candidatura não é apenas uma busca por espaço, mas um chamado para que a Ordem volte a cumprir plenamente seu papel social e de defesa da advocacia.