Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, poderá comparecer à posse de Donald Trump, marcada para 20 de janeiro, apenas se o Supremo Tribunal Federal (STF) permitir. Em meio a investigações, o passaporte de Bolsonaro está retido desde junho, por decisão do ministro Alexandre de Moraes. A retenção foi confirmada recentemente pela Primeira Turma do STF, mantendo restrições de saída do país e de contato com outros investigados.
Essa medida faz parte de uma série de investigações envolvendo Bolsonaro, incluindo acusações de tentativa de golpe de Estado e de uma possível venda irregular de joias que teria ocorrido durante seu mandato. Alexandre de Moraes argumentou que, enquanto as apurações da Polícia Federal estiverem em andamento, a proibição de deixar o território nacional é necessária para evitar qualquer interferência no processo.
A confirmação da Primeira Turma do STF em outubro solidificou essa decisão, sinalizando que qualquer mudança na situação de Bolsonaro dependerá diretamente de uma nova avaliação do Supremo. Além de restringir sua saída, o STF impede Bolsonaro de se reunir com outros investigados, o que limita suas atividades políticas e diplomáticas.
O caso levanta questões sobre o impacto nas relações internacionais e no movimento conservador brasileiro, que vê em Trump uma figura de referência. A possível presença de Bolsonaro na posse de Trump seria um marco para seus apoiadores, mas dependerá exclusivamente de uma decisão do STF.
Essas restrições refletem um cenário de forte atuação do STF em investigações ligadas à segurança democrática e à ética no exercício de cargos públicos, destacando o compromisso das instituições com a transparência e com a legalidade das ações dos representantes políticos.
A posse de Trump, caso seja oficializada, tem o potencial de reunir líderes de direita de diversas partes do mundo. A decisão do STF sobre o pedido de Bolsonaro para participar do evento ainda é incerta, mas certamente será acompanhada de perto, tanto pela mídia quanto pela população brasileira.
