Com as discussões em alta sobre a possibilidade de Valmir de Francisquinho (PL) ser novamente candidato a governador do Estado em 2026, o ex-senador Eduardo Amorim (PL) relembrou, em entrevista ao radialista Cléo Menezes, as decisões contraditórias do prefeito eleito de Itabaiana em 2022, que prejudicaram diretamente seu grupo naquele ano.
“Se ele tivesse colocado Emília como candidata naquele momento, que ficou inelegível, hoje ela poderia ser governadora do estado”, ressaltou Eduardo.
Além disso, o ex-senador criticou duramente a decisão de Valmir em apoiar Rogério Carvalho, então candidato a governador pelo PT no segundo turno, o que foi prejudicial para ambos, inclusive, sendo um dos fatores que ocasionaram na derrota do petista. “Foi um erro. Dei muitos conselhos, mas ele não me ouviu”, disse.
Na época, após ser retirado da disputa no tapetão, Valmir, ao contrário de Emília, que optou pela neutralidade, declarou apoio a Rogério, o que lhe rendeu uma grande rejeição entre seus eleitores bolsonaristas e conservadores, dada a forte rivalidade entre apoiadores do PT e do PL.
Além disso, como destacou Amorim, Valmir gerou descrença em parte de sua base ao insistir em permanecer na disputa, mesmo com toda a insegurança jurídica que o cercava, quando poderia ter colocado Emília em seu lugar, possivelmente elegendo-a governadora.
Com toda essa conjuntura e desgaste, diferente de 2022, quando era um verdadeiro fenômeno eleitoral, o cenário pode ser completamente distinto em 2026, em um possível novo confronto entre Valmir e Fábio Mitidieri (PSD).