“Finalmente o regime de Assad caiu. Esse regime brutalizou, torturou e matou literalmente centenas de milhares de sírios inocentes. A queda desse regime é um ato de justiça. É um momento histórico de oportunidade para as pessoas da Síria, para que vejam o futuro do seu país, e é também um momento de risco e incerteza”, afirmou Biden.

O presidente também analisou a queda de Assad sob o prisma geopolítico, mencionando a diminuição do apoio ao regime sírio nas últimas semanas por parte de aliados como Irã, Hezbollah e Rússia. Segundo Biden, o enfraquecimento dessas forças foi acelerado após os recentes ataques do Hamas em Israel, que expuseram os riscos associados às ações iranianas e de seus aliados na região.

Compromisso com a estabilidade regional

Biden reiterou o compromisso dos Estados Unidos com a transição política na Síria e com a estabilidade do Oriente Médio. Ele prometeu apoio a países vizinhos, como Jordânia, Líbano, Iraque e Israel, durante esse período de incertezas.

“Estamos engajados com os grupos sírios dentro do que foi estabelecido para fazer uma transição segura e trazer uma Síria independente e soberana, com uma nova constituição e um novo governo, com um destino determinado pelo povo sírio”, declarou.

Nos próximos dias, o presidente norte-americano se reunirá com líderes regionais para discutir os passos necessários para apoiar a transição na Síria e mitigar os riscos decorrentes da instabilidade.

O fim do regime de Assad marca o encerramento de mais de uma década de guerra civil na Síria, um conflito que deixou centenas de milhares de mortos e milhões de deslocados. Apesar da esperança renovada, analistas alertam para os desafios que o país enfrentará na reconstrução política e social.