Em entrevista à revista GQ Mexico, a cantora colombiana Shakira falou sobre a turnê “Las Mujeres Ya No Lloran”. Prevista para começar no Brasil em fevereiro de 2025, a gira deve ser a maior já feita pela artista em toda a sua trajetória. Seu último show, “El Dorado”, tinha 2h de duração.
“É a turnê mais ambiciosa de toda a minha carreira. A maior produção que já tive até agora. Não porque o público pede, mas também porque eu mereço depois de tantos anos trabalhando na indústria. Mereço a turnê da minha vida. Estou gastando a todo e feliz porque poderei percorrer todas as diferentes etapas da minha carreira até hoje. Será o show mais longo também que já fiz, com os maiores telões e tudo mais que você puder imaginar. Será grande e melhor.”
No México, onde deve encerrar a etapa latino-americana do espetáculo, Shakira quebrou um recorde inédito ao realizar 5 apresentações em estádios. Está curioso quanto ao setlist? Veja o que ela disse!
“Tenho muito apego a músicas que fiz no passado, outras podem não ser tão boas e o público deu a elas mais importância do que mereciam… O que tento fazer com que não aconteça comigo é tirar uma foto minha, um autorretrato, e me apaixonar como Narciso, que se apaixonou pela própria imagem, foi se beijar e acabou se afogando no lago. Nunca estou realmente satisfeita com o que faço. E é por isso que busco, busco e busco. Vou em busca do tempo perdido, como Proust.”
Aos 47 anos, no mesmo papo, ela também comentou questões ligadas ao etarismo e ao desejo de permanecer ativa, focada no presente. “Quando os cantores completam 40 ou 50 anos, é comum que se dediquem a fazer autorreferência, a emular sucessos do passado, fazer turnês de grandes sucessos ou de 300º aniversário de algum disco. Não é o caso de Shakira,” diz a reportagem.
“Como se faz uma poção mágica? Com muita vontade e paixão. São os ingredientes fundamentais. Mas, também é preciso abraçar a própria vulnerabilidade. Mostrar-se exatamente como se é. Sair à rua sem maquiagem, que é mais próximo ou o mais parecido de compor uma canção quando você se rasga de dor, sem pudor algum. Não é fácil,” explica a cantora.
No Brasil, primeiro país a receber a turnê “Las Mujeres Ya No Lloran”, serão duas apresentações. Além do Rio de Janeiro, no dia 11 de fevereiro, ela sobe ao palco em São Paulo, no dia 13. Embora a venda tenha sido acirrada na capital paulista, na Cidade Maravilhosa ainda há ingressos disponíveis para todos os setores.