Os brasileiros enfrentarão novos aumentos nos preços dos combustíveis a partir deste sábado (1º), impulsionados pelo reajuste do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e pela elevação do preço do diesel nas refinarias pela Petrobras.
A estatal anunciou um acréscimo de R$ 0,22 por litro (+6,2%) no diesel, buscando reduzir uma defasagem de 17% em relação ao mercado internacional. Além disso, o ICMS sobre o diesel subiu R$ 0,06, passando de R$ 1,06 para R$ 1,12 por litro.
Impacto na gasolina e no etanol
Embora os preços da gasolina e do etanol nas refinarias não tenham sofrido alterações, o ICMS sobre esses combustíveis também foi reajustado. A alíquota aumentou R$ 0,10 por litro, passando de R$ 1,37 para R$ 1,47.
O reajuste do ICMS foi determinado pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) e segue um modelo de correção anual baseado nos preços médios coletados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) entre fevereiro e setembro do ano anterior.
Gás de cozinha tem leve redução
Uma exceção ao aumento geral foi o gás de cozinha, cuja alíquota de ICMS caiu R$ 0,02 por quilo, passando de R$ 1,41 para R$ 1,39. A redução reflete a queda no preço do botijão ao longo do último ano, segundo o Confaz.
Como o consumidor será afetado?
O repasse dos reajustes para os consumidores dependerá da política de preços praticada por distribuidoras e postos de combustíveis. No entanto, historicamente, aumentos nos tributos e nos valores das refinarias costumam resultar em preços mais altos nas bombas.
Desde 2022, o ICMS dos combustíveis passou a ser cobrado em valores fixos por litro, substituindo o antigo modelo baseado em um percentual do preço final definido por cada estado. Essa mudança busca maior previsibilidade na arrecadação, mas segue impactando diretamente o bolso do consumidor.