O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) garantiu que o Auxílio Gás continuará a ser pago, apesar da falta de recursos para a quitação das parcelas em 2025. Sem a aprovação do Orçamento de 2025 no Congresso, o programa enfrenta dificuldades financeiras, com o valor disponível insuficiente para cobrir os pagamentos necessários.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, o Auxílio Gás não recebeu autorização orçamentária para este ano, e o montante de R$ 600 milhões alocado no Orçamento é insuficiente para atender a totalidade dos beneficiários. Esse valor cobriria apenas uma das cinco parcelas previstas para o ano. A tentativa do governo de desvincular o programa do Orçamento da União e transferir sua gestão para a Caixa Econômica Federal, utilizando o dinheiro do Fundo Social das empresas de petróleo, não foi aprovada no Congresso.
Em resposta à situação, o Ministério do Desenvolvimento Social informou que, mesmo sem o Orçamento aprovado, a primeira parcela do benefício está prevista para ser paga em fevereiro. A pasta reafirmou o compromisso do governo em garantir o repasse aos 5,5 milhões de beneficiários, afirmando que o programa contribui para a segurança alimentar das famílias em situação de vulnerabilidade social.
Diante da ausência de um Orçamento formalizado, o governo acionou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que permite o gasto provisório com despesas inadiáveis. O Ministério do Desenvolvimento Social solicitou ao Tesouro Nacional a liberação dos recursos para o pagamento da primeira parcela do Auxílio Gás. Para garantir o restante do recurso necessário, o governo promete fazer remanejamentos no Orçamento, transferindo verbas de outras áreas para viabilizar o benefício.
O governo também esclareceu que o Auxílio Gás voltará a ser custeado dentro das regras fiscais tradicionais, após a tentativa frustrada de desvinculação com o Orçamento da União. Em 2024, o valor necessário para cobrir o benefício foi de R$ 3,4 bilhões, enquanto para 2025 a previsão orçamentária foi reduzida drasticamente.