Nesta quarta-feira (22), a Polícia Civil, por meio da Delegacia Regional de Estância e do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), realizou a Operação Fênix Fraudulenta para combater um grupo criminoso envolvido em fraudes bancárias e lavagem de dinheiro. A ação contou com apoio da Polícia Científica e do Procon/SE, resultando no cumprimento de dois mandados de prisão e 10 de busca e apreensão em Sergipe e Alagoas.
O grupo investigado atuava nas cidades de Estância, Itabaiana, Aracaju e Maceió, onde gerenciava esquemas que geraram um prejuízo superior a R$ 1,2 milhão às instituições financeiras. O modus operandi consistia em abrir empresas de fachada, solicitar empréstimos bancários e, posteriormente, utilizar o dinheiro para compra e revenda de celulares, joias e outros bens, além de operações com cartões de crédito.
Esquema de fraude
As investigações apontaram que, após receber os valores dos empréstimos, os criminosos transferiam as empresas para laranjas e encerravam as operações, dificultando a localização dos responsáveis. Em um único dia, o grupo chegou a movimentar R$ 120 mil.
Além da lavagem de dinheiro, os envolvidos também são investigados por estelionato, falsidade ideológica e formação de organização criminosa. Um dos integrantes ostentava bens de luxo, como carros, jet ski e quadriciclo, em suas redes sociais.
Empresas envolvidas no esquema
Entre os alvos da operação estão um escritório de contabilidade que auxiliava na criação das empresas fraudulentas e uma loja de celulares em Estância, que operava sem alvará e sem emissão de notas fiscais. Também foram identificados vínculos em outras cidades sergipanas e até em outros estados.
O grupo utilizava as empresas para adquirir maquinetas de cartão de crédito e vender cursos fictícios para concursos. Dessa forma, conseguiam justificar a movimentação de grandes quantias, enquanto desviavam os valores para terceiros.
Irregularidades e prejuízos ao consumidor
Durante a operação, o Procon/SE verificou irregularidades como a falta de selos da Anatel, ausência de notas fiscais e produtos possivelmente roubados ou falsificados. Segundo Arthur Santana, assessor jurídico do órgão, a atuação visa garantir segurança aos consumidores e coibir práticas abusivas.
Origem do nome da operação
A Operação Fênix Fraudulenta recebeu este nome em alusão à prática dos criminosos de criar empresas fraudulentas, obter empréstimos bancários e transferir os valores para terceiros. Assim, mesmo com o encerramento das atividades das empresas iniciais, novos golpes eram aplicados, dando continuidade ao esquema ilícito.
As investigações continuam, e os suspeitos poderão responder por crimes que incluem receptação, lavagem de dinheiro, estelionato e organização criminosa.