Após oito anos à frente da administração municipal de Estância, a gestão do prefeito Gilson Andrade chega ao fim marcada por contrastes entre obras visíveis e uma sensação de estagnação no desenvolvimento do município. Embora tenha realizado importantes intervenções urbanas, como reformas de praças, construção da rodoviária na Cidade Nova e pavimentações, a falta de políticas estruturantes deixou muitas áreas críticas sem avanços significativos.
A gestão de Gilson Andrade enfrentou severas críticas devido à ausência de novas indústrias e à falta de incentivos para geração de empregos. O turismo, um dos setores mais promissores de Estância, também foi negligenciado. As praias do Saco e Abaís, consideradas joias do litoral sergipano, permaneceram em estado de abandono, perdendo espaço para outros destinos.
Para a juventude, cultura e esportes, os incentivos foram insuficientes. A cidade, conhecida por sua tradição cultural e festividades, viu o brilho de eventos como o São João ser ofuscado, especialmente no último ano, quando shows foram cancelados sem novas datas concretizadas, frustrando os estancianos e turistas.
Saúde e Zona Rural Abandonadas
Na zona rural, a precariedade na saúde pública foi um dos principais pontos de reclamação. Com postos de saúde em condições críticas e atendimento limitado, os moradores destas áreas se sentiram deixados de lado, agravando ainda mais o distanciamento entre as políticas públicas e as necessidades reais da população.
Polêmicas e Contradições
Entre as polêmicas da gestão, o episódio envolvendo o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) gerou insatisfação entre os munícipes. Apesar de avanços em infraestrutura, como a pontualidade no pagamento de salários e execução de obras, a sensação de progresso foi superficial. "Obra por obra não traz desenvolvimento real".
O Legado de Gilson Andrade
Ao longo de dois mandatos, a gestão de Gilson Andrade conseguiu marcar presença com realizações visíveis, mas pecou na construção de um futuro promissor. O brilho que Estância já teve foi gradativamente se apagando, deixando um legado de desconfiança e frustração.
Agora, com a chegada de uma nova administração, a população estanciana espera por uma gestão que vá além das aparências e invista no verdadeiro desenvolvimento econômico, social e cultural do município, devolvendo à cidade o protagonismo que ela merece.