A Justiça Federal em Sergipe decidiu aumentar a pena dos ex-policiais rodoviários federais Kleber Freitas e William de Barros, condenados pela morte de Genivaldo Santos, ocorrida em maio de 2022, no município de Umbaúba. Com a revisão da sentença, solicitada pelo Ministério Público Federal (MPF), a pena dos réus subiu para 23 anos, 8 meses e 14 dias de prisão, em regime inicial fechado.
A decisão foi tomada nesta sexta-feira (31), após o MPF apresentar embargos de declaração apontando erro no cálculo inicial da pena. Antes da revisão, Freitas e Barros haviam sido condenados a 23 anos, 1 mês e 9 dias de reclusão. O juiz responsável pelo caso acolheu o pedido do MPF e ajustou a pena, garantindo que a punição refletisse corretamente a gravidade dos atos cometidos.
Relembre o caso
Genivaldo Santos morreu durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Umbaúba, Sergipe. Vídeos gravados por testemunhas mostram a vítima sendo colocada no porta-malas de uma viatura, onde foi exposta a gás lacrimogêneo. Genivaldo, que sofria de esquizofrenia, não resistiu e faleceu devido a asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda.
O caso gerou grande comoção nacional e reforçou o debate sobre o uso excessivo da força por agentes de segurança. A condenação dos ex-policiais foi considerada um marco na busca por justiça, e a revisão da pena representa mais um passo no desfecho do caso.
A defesa dos réus ainda pode recorrer da decisão.