Ela acredita que Francisco, que foi condenado por matar sete mulheres entre 1997 e 1998, não está preparado para ser solto. Em entrevista ao jornal O Globo, Maria Helena revelou que não pretende acolhê-lo em casa se ele for liberado em 2028.

“Ele vai completar 30 anos na cadeia”, disse ela. “Faz dez que não o visito. Nem sei se está pronto para sair. Acho que não. O ideal seria que ele fosse morar em Portugal, onde há uma mulher interessada nele.”

A possível soltura e a legislação

Condenado a 280 anos de prisão, Francisco pode ser liberado daqui a quatro anos devido à legislação penal vigente no período de sua condenação. Na época, o limite máximo para o cumprimento de pena era de 30 anos, enquanto atualmente esse limite foi ampliado para 40 anos. O caso de Francisco trouxe à tona debates sobre o sistema penal brasileiro e suas implicações para sentenças prolongadas.

Mesmo na prisão, Francisco continua recebendo cartas e visitas de mulheres que o admiram, conforme relatou sua mãe. Algumas dessas admiradoras ainda apoiam Maria Helena financeiramente. “Essas mulheres o visitam na cadeia. Elas me ajudam com alimentos e repasses financeiros”, contou ela, destacando que evita o apelido dado ao filho, dizendo: “Não aceito! Tenho pavor desse nome.”

A distância e o vínculo emocional

Maria Helena parou de visitar Francisco há dez anos, principalmente por dificuldades financeiras, o que fez com que sua autorização de visita fosse suspensa na Penitenciária Orlando Brando Filinto, em Iaras (SP), onde ele está detido desde 2009. Mesmo com a ausência física, Maria Helena enfatiza seu amor pelo filho.

“Se ele ler esta entrevista, quero dizer o seguinte: Querido Tim, eu não te abandonei. A mamãe continua te amando. Um grande beijo no coração.”